Os 51 anos de Brasília.





A realidade social brasileira da fome, da violência, do descaso na saúde pública e do monopólio no transporte público são modelos de estruturas violentas que arranharam os princípios fundamentais que cimentam nossa Carta cidadã. Nesse processo social dessemelhante de gênese da cultura política brasileira, a isonomia e paridade foram olvidadas. 


Embora surgissem como as características conceituais, dogmáticas e culturais de nosso pacto social, dando garantias de que a vida e a liberdade nos sejam bens inalienáveis, o povo ainda não sabe disso.

Nos 51 anos de Brasília, as políticas públicas para tornar mais curta essa distância entre o que tem muito e o que não tem capital cultural está em segundo plano. Nisso, a Copa supera a barriga vazia, já que suas obras não param de levantar monumentos, fazendo do DF o elefante branco do Planalto Central do Brasil.

No que concerne a mais educação, saúde e moradia digna, os 51 anos de Brasília repetem o que está acontecendo em Estados como RJ e SP. Por exemplo, o trem bala vai sair do papel, isso é fato, e percorrerá mais rápido a ponte terrestre entre a serra e o mar. 


Todavia, a violência urbana e a informalidade que infla os centros metropolitanos continuarão crescentes, por aqui. Este ano, a Força Nacional invadiu o entorno do DF e as casas continuaram irregulares e, acima de tudo, os pobres continuaram a morrer na fila do corredor vermelho do hospital público. 

Mas, a Copa vai muito bem, obrigado. O evento mundial será um sucesso de vendas e turismo, pois o PIB agradece.
Mais em: http://www.paraibaverdadehoje.com/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=103&Itemid=33

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Arte Barroca como Reprodução Cultural do Poder

A REALIDADE DA VIDA