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Mostrando postagens de julho 25, 2010

PINGO, o Fiel!

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Pingo Ele veio numa cesta colocada na cabeça do arreio. Pequenino, cabia na palma duma mão. Chegou trazendo esperança de dias melhores para os corações aflitos. Trouxe o brilho do olhar de volta aos que o receberam de braços abertos. Ele tinha o pelo preto e os dentes brancos. Brilhantes a reluzir a cor do Sol em seu lombo atlético de caçador. Nada o afligia. Em seu rosnar constante e valente afastava até a mais temível das feras com seu latido. Era Rei no terreno dos grandes e pequenos animais. Ele deixou herança. Saudades incontidas. Fazem duma tristeza fúnebre uma ação humanitária. Ele voltou para o lugar de onde veio. Agora, foi entro duma caixinha, adornado pelo amor do Pai. Será lembrado em urras de louvor: Pingo, o fiel! Obs.: o link leva para um conto de Guerra Junqueiro (1850-1923) - FIEL.

A Lua se oferece ao Dia

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A Lua A lua é pura noite de inspiração. Maré que varre a praia de todos nós. Como na noite que compadece o mais obtuso dos seres humanos, a Lua, é à luxúria do gozo do mais puro lobo. Apenas uma de suas faces o mundo a conhece. Melancolia de um uivo notívago. Euforia de um escorpião a se matar. Dialética do ser, a amar e a viver. És sedutora, Lua, pois alimenta a cólera e o mimo. És sustentáculo, pois ilumina a gônada humana da reprodução da espécie. Lua, oh Lua! Pulsa, em mim, o teso toque do membro alheio. És enebriante beijo de adeus. És volúpia de um encontro de retorno. Entusiamo! Lua leniente de lábios de mel. Clara magia de Lua cheia, algo de sentiemntal. Lua nova, virgem esperimental. Crescente, que faz toda balzaquiana ter sua nudez úmida pelo amor intelectual. És a lua minguante! Cresce raízes em mim, na esperança de dias melhores. Força. Livre. Alimentando. Verdadeiros. Incríveis Amores.

O TEMPO

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O Tempo Para o ser humano durar na vida, ele há que deixar o tempo se exaurir. Saturno! Incontrolável, devora os próprios filhos, pela fome de algo mais. Nada, agora, escapa do tempo. Ilusão de controlar o relógio biológico com botox. E, no amanhã, quem viver verá outra decepção com os laços de sangue. Pois cada qual tem o seu tempo no agir. O tempo a tudo consome, já que o amor a tudo sustenta, no encontro que a tudo une. Para a humanidade se unir, há que pensar antes do tempo de atuar. Cronos! Digere membros de si nas relações sociais. Nada, agora, é real. E o futuro sucesso virá diferente. Ilusão de controle do incontrolável. Pois cada ação tem o seu sentido subjetivo no tempo. O ego a tudo desata, já que o sexo a tudo mistura, no casamento que a tudo desperta. Para se viver junto é preciso ceder o seu tempo ao outro. Senhor do tempo! Domina o compasso que enche e seca a ampulheta dos casais em bodas de diamante. Nada, agora, é libido. E o desconhecido vira irmandade de fé