A Temperança

XIV



Com aladas penas sustenta sua feição angelical dos humanos, pelas Eras.
Leva de um lado a outro o líquido amniótico da vida.
Faz do contraste humano uma harmonia.
Com a palavra de conforto.
Ela faz os acordos entre os debatentes.
Nas áreas abertas de uma Ágora.
Repleta de víveres, em torno de si, expõe seu manto vermelho e azul como cerne das atenções.

Bela!
Sensível libido da consciência e do poder.
Encontra dificuldades no equilíbrio do si mesmo.
Pura razão entre um espaço e outro.
Lacuna a ser preenchida pelo tempo.
Solidão, não!

Multidões aguardam sua arte e seu canto.
Os escolhidos anseiam pelo seu seio e se excitam com sua pelve.
Na singularidade de sua estrutura física, frágil, é mulher.

Tem o sistema nervoso abalado pela queda das folhas ao menor vento breve.
Com a circulação própria de quem sente peso apenas da caneta, sofre as cólicas tão peculiares de quem se sente com andaços pelo corpo.

No símbolo da imagem do cavalo é que busca a sua força física.
Pois ele é rápido.
Forte e quente.
O seu oposto!

SMB@2010

Comentários

Anônimo disse…
Pesa e pondera .
Ela as vezes parece lenta demais ,comparada ao tempo do homem moderno.

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