HIEROFANTE

HIEROFANTE 

05 

De papiro nas mãos compartilhara amor e conhecimento, incondicionalmente.
Desenhou a odisséia de uma sina.
Desenvolverá o capital cultural que todos trazem nas costas.

 Sua função é dar humildade ao neófito diante da fortuna: ética.

Quando toca a testa de alguém ocorre iluminação das mentes.

Quando ouve clamas de outrem acalenta corações aflitos.

Quando ensina alimenta a aprendizagem.

Seu semblante torna o altivo terno: moral.

De um corpo selvagem sustentara o domínio da vida natural.

Na relva verde da natureza construiu a sua casa que serve a todos os bichos acuados.

Apresentará o lado animalesco que o ser humano teima em esconder do si mesmo.

Seu instinto faz o rei da selva uma caça: força.

Quando urra o mundo se cala.

Quando olha o tempo congela.

Quando age a multidão observa.

De espiritualidade una com o cosmos enlevara mortais aos umbrais da catedral da alma.

Nos céus desenhou pai, filho, espírito santo.

Deixará a herança social da instituição social.

Seu caráter faz reto o operador de direito: justiça.

De poder capaz de mudar a matéria fizera a primeva alquimia da humanidade.

Nos templos de Atlântida construiu os rituais que os mestres realizam nos dias de hoje.

Reproduzirá apenas o sistema de ensino libertário e construtivo da personalidade.

Quando escreve cria tratados ocultos.

Quando interpreta deixa as compreensões das dúvidas.

Quando pergunta responde.

Seu giz rabisca a carne e povoa o crânio do poeta: educação.

De gosto apurado no valor de uso deixara o agiota cair sobre as duplicatas.

Nos gabinetes decisórios da política e do capital mostrou ao corrupto e ao avarento que, diante da liberdade, a igualdade tem vida curta.

Formará as esperanças de dias melhores nos momentos de crises miseráveis em sociedade.

Quando soma divide.

Quando subtrai multiplica.

Quando sentencia é supremo.

Sua autonomia é o horizonte para o clero vertical: democracia.