A VIDA

A Vida



Para o tempo, o ciclo da vida é apenas uma volta sobre a crosta terrena.
Para se viver um dia na terra é preciso estar dentro do tempo do agora.

Sem dor! pois que a sorte vem muito mais serena.
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Sentimento passado vira estratagema, uma mera dor.
Saudade! não tem vaidade, o esqueleto sem carne de sustentação nessa realidade.
Passado que apega os mortais às torres do auto-engano.
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Posídon! que levou a esperança da boa nova aos fundos de Oceano.
Deu prova que a senda nos parece tão dura, embora tudo tão pouco no tempo.
Situações de vida que criamos no sagrado e no profano.
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No céu e no inferno criamos míopes focos d’olhar.
Um conceito de vida, o ponto de vista sobre o amor, a sorte, a dor.
Juízo de valor, construtos desta cruz dos humanistas de plantão.
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A ilusão da verdade e da mentira são fisiologias humanas que o poeta forjara pelo tempo do relógio.
Utopia! mantida no inconsciente coletivo pela construção social da realidade.
Ela diz que quem sabe amar é quem sabe com o raciocínio jogar.
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Vida d’uma dissimulação constante entre quem souber iludir e souber coadunar.
A vida egoísta de Narciso.
Solitária! no cristalino reflexivo desta vida de espelho partido.
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A mesma vida! um sonho perdido que faz o Sol levantar todos os dias para nunca se deitar com a Lua.
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